Tenho 20 anos e sou acadêmica de enfermagem da UEMA. Desde a adolescência, encontro nos livros um refúgio e uma fonte inesgotável de inspiração. Levo comigo o desejo constante de criar através das palavras.
Espuma do mar
A primeira vez que vi o mar,
meus pés hesitaram na beira.
As águas violentas pareciam querer me consumir,
um azul inebriante, profundo,
como se não houvesse fim.
A cada minuto,
algo poderia emergir das profundezas
e me arrastar para o mais tenebroso fim.
A água estava fria,
não o bastante para calafrios na espinha,
mas fria o suficiente
para alimentar o medo que eu já carregava.
Essa é a palavra: medo.
Medo de virar espuma do mar,
Um medo infundado no mais escuro azul,
em contraste com a areia quente,
beijada pelo sol dourado.
E quando a lua chegou,
trazendo sua brisa suave,
a areia esfriou,
e o mar, enfim, se aqueceu.