Manoel Lima é poeta e músico de Curitiba-PR.
Escreve desde o Ensino médio.
As inspirações vem das vivências da periferia, leituras e as ideias que surgem do ócio.
Poesia
Sol Carmesim
E por essas terras sul-americanas,
Que buscava-se o “vermelho como brasa”,
A tintura do pau-brasil.
Para alguns: riqueza,
Outros: sangue.
De quem podia escolher.
O passado arde como lembrança vívida.
Nossa terra de carnavais e dores,
Mais uma vez embrasa,
Sob as asas desse solo, que és mãe gentil.
Quantos tecidos foram tingidos?
E quantos foram os atingidos?
Até o céu está mudado.
Entre fumaças e cinzas.
Na aurora um novo Sol.
Sol Carmesim.
Será um presságio?
Mais uma vez descobertos,
Dessa vez, por nós mesmos.
Aceita uma última dança?