Mandacaru floresceu em meio à dificuldade, nas noites de inverno. Agora agarra-se à vida como ao Sol, e lança suas palavras ao vento.
Poesia
O peso em horas
O nó prende as palavras
O vidro desfoca e faz doer
O pêndulo pesa e desinfla
A bobina insiste em correr
Mexa o travesseiro murcho
Deixe o óleo escorrer
Um interior que ferve
Adormece ao derreter
O nó prende as palavras
Cada dobra faz ranger
O sino já desafina
A bobina vai correr
Feito para funcionar
Sem saber o que fazer
Um relógio tão cansado
Não se lembra de bater