A poesia de Fialco de Oliveira

Fialco de Oliveira

Fialco de Oliveira escreve há cerca de quinze anos e recentemente descobriu a aspiração de vir a público com seus pensamentos mais internos, pelo menos aqueles que ganharam a forma de poesia. Formado em Letras pela UEL, considera a palavra escrita a expressão da subjetividade por excelência.

Poesia

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Ontem ameaçou
e hoje choveu
e não vai parar;
Não me interrompeu,
tenho que continuar.
Vou a pé, vejo as casas
vejo os carros e os quintais,
Uns pássaros voando
outros, engaiolados e não cantam mais.
Alguns homens vão andando,
outros, engarrafados
no escritório, empregados
pesquisando como ser.

Castiga, o mormaço,
mas, tenho que continuar
pelo carpê de piche
na violência do peito
nos encargos do anseio
e a indigência no ar.
A prover abrigo
sem beijo a recolher.
Apesar do suspiro
posso só continuar.

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